sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Uma breve história da Vila Militar,campeã do Amadorão "B" de Uberaba.

Sociedade Esportiva Vila Militar

Endereço: Rua Geraldo Starling n° 367
Vila Militar, Uberaba - MG
Data de Fundação: 07/10/2003
Cores: Amarelo, azul e branco.
Títulos: Campeão Amador de Uberaba do Módulo B 2010



Apesar da pouca experiência em competições da Liga Uberabense de Futebol a Vila Militar começa a despontar no cenário esportivo da cidade de Uberaba.

A Vila Militar conta com sede social própria, inaugurada em 20 de maio de 2009, em evento que contou com a presença de diretores, jogadores e torcedores, além de diversas autoridades da cidade de Uberaba. E foi lá que a equipe montou um belo planejamento no início do ano de 2010, com o objetivo de conquistar o acesso ao Módulo A do futebol amador de Uberaba.

O campeonato mal começou e a equipe foi surpreendida com a punição imposta pelo TJD da LUF ao treinador Alexandre “Gordo”, que treinou a equipe nas quatro primeiras rodadas, suspenso até o final do ano. Mas a Vila Militar não se abalou e continuou sua trajetória nas mãos do ex-auxiliar técnico Nivaldo Simões, até a inédita conquista do Módulo B do Amadorão de Uberaba, feito que levará a equipe, pela primeira vez, à elite do organizado futebol amador da cidade. Além do título, a Vila Militar teve ainda o artilheiro do campeonato, Giovanni, com 16 gols.

Abaixo a ficha técnica do jogo que deu à Vila Militar o título do Amador B de Uberaba:

Data: 26/09/2010
Vila Militar 2x0 Sete Colinas
Local: Estádio Engº João Guido, Uberabão.
Árbitro: Rogério Gomes de Melo
Auxiliares: Waldir Sebastião Antônio e Flávio César Marins.
Representante da LUF: José Eurípedes da Silva.
Vila Militar: Orozimbo; Cleber, Euripinho, Gustavo (Marquinhos) e Diego, Belinho, Alex (Silvinho), Wellington e Zulu; Giovanni (Goiano) e Leozinho. Técnico: Nivaldo Rego Simões.
Sete Colinas: Alexandre; Leandrinho (Deleon), Renato, Kelson (Jean) e Roberley; Fabinho, Henrique, Denim e Ratinho (Carlinhos); Delúcio e Pitoco (Pablo). Técnico: Antônio Carlos Roy.
Gols: Geovani (21’ do 2ºT) e Leozinho (46’ do 2ºT)
Expulsões: Marquinhos (VM) e Fabinho (SC)

 

domingo, 30 de maio de 2010

Marcos Birgui: Técnico do Uberaba já conhecia a força do Zebu.

Marcos Antônio Gomes nasceu em 01/04/1958, na cidade de Birigüi, interior do estado de São Paulo. Iniciou sua carreira futebolística no Bandeirante, time de sua cidade natal. Profissionalizou-se no Guarani, onde fez parte do elenco campeão brasileiro em 1978.

Mas foi no Santa Cruz de Recife que Birigui viveu seus melhores momentos no futebol. No Cobra Coral foi ídolo absoluto, fechando o gol entre 1981/1988 e 1990/1991.




Ramon. Isidoro, Birigui e Édson, em foto da Revista Placar de fevereiro de 1983.

Birigui iniciou sua carreira de técnico no Campinas F. C., time do ex-centroavante Careca e depois treinou o Ituano e a União Barbarense.  A carreira decolou no Mato Grosso, onde Birigui é ídolo. É reconhecido em todo o estado por formar grandes times. Conquistou dois campeonatos estaduais, um pelo Vila Aurora, outro pelo Cacerense e uma Copa Governador pelo Cacerense, além de dois vices - um da Copa Governador e outro Estadual pelo União de Rondonópolis. Foi treinando o Araguaia, também de Mato Grosso, na Série D de 2009, que Birigui voltou a encontrar o Uberaba Sport em seu caminho.
.
Pouca gente sabe, mas um dos piores momentos de Birigui no Santa Cruz e, provavelmente de toda a sua carreira foi a goleada sofrida frente ao Uberaba, na Taça de Prata de 1983. Naquele jogo, o Santa Cruz podia perder por dois gols e ainda assim garantiria sua vaga na Taça de Ouro. O Uberaba precisava de 3 gols para seguir na Taça de Prata e inalcançáveis 5 gols para subir para a Taça de Ouro.
.
O que Birigui não esperava, e ninguém em todo o Brasil acreditava, era que o Colorado conseguiria sua maior exibição em campeonatos brasileiros. No final, a inacreditável vitória por 5x0 premiou a garra e a superação do bravo time do Uberaba, capitaneado pelos veteranos Toinzinho e Zé Carlos (ex-Cruzeiro).

Birigui, o agora renomado técnico Marcos Birigui, mais de 26 anos depois daquele fatídico dia,  assumiu o comando Uberaba na reta final da Taça Minas Gerais e levou o Zebu ao título, que o time não conquistava desde 1980. Sob seu comando o Uberaba avançou à segunda fase da Copa do Brasil 2010 e chegou a um frustrante oitavo lugar no Campeonato Mineiro.


Birigui, no comando do Uberaba em jogo do Campeonato Mineiro.

Agora, Birigui terá a missão de comandar o Uberaba na Série D 2010 e conquistar o tão sonhado acesso à Série C, que bateu na trave em 2009.

domingo, 16 de maio de 2010

Barbosa Cauhy, o técnico das doze bolas.

Barbosa Cauhy foi uma figura de destaque no meio desportivo uberabense, reconhecido como um notável técnico de futebol, amante dos bons espetáculos esportivos.

Nascido em 12/12/1930, começou, ainda muito jovem a treinar equipes de futebol amador em Uberaba. Conhecido como “o técnico das doze bolas”, era um idealista, que se preocupava em ensinar o verdadeiro futebol. Parecia pouco preocupado em ganhar partidas. Com um blusão amarelo e a cabeleira sobre a nuca, time que estivesse sob seu comando tinha que jogar um futebol diferente.

O jeito revolucionário de enxergar o futebol, incompreendido pelos dirigentes da época, rendeu a Barbosa a indesejada alcunha de “Cigano do Futebol”, o que ele rejeitava veementemente. No início de sua aventura pelos campos uberabenses treinou o VR Futebol Clube, clube fundado por Torres Homem Rodrigues da Cunha e ainda, algumas equipes que disputavam a segunda divisão amadora de Uberaba. O moço ganhou expressão e treinou o Independente, o Uberaba e o Atlético da Abadia. Neste último, chegou a instalar uma espécie de “República do Futebol”, onde os jogadores se responsabilizavam pelo custo do material de treinamento e associavam-se nos eventuais lucros. No final de 1955, após uma de suas saídas do Atlético e mais uma tentativa frustada no Uberaba, que durou apenas um treino, revelou ao Jornal Correio Católico a vontade de se mudar para o Rio de Janeiro e cursar a Escola de Educação Física.

Certa vez, perguntado sobre a história das "doze bolas", respondeu com ironia:
"Isso é história mesmo. Não passa de onda. Eu gosto mesmo é de...22 bolas para os treinos". 
Barbosa tinha a profissão de açougueiro. Fã do livro "Capitães de Areia" de Jorge Amado e do filme "De amor também se morre", o excêntrico treinador apontava Zizinho como o maior jogador brasileiro e Flávio Costa, técnico da Seleção Brasileira derrotada pelo Uruguai em 1950, como o melhor treinador do Brasil.

Em abril de 1964 foi aprisionado pelo regime militar sob a acusação de subversivo. Faleceu em 29/09/1967, com apenas 37 anos.

Hoje dá nome a uma rua no bairro Manoel Mendes, em Uberaba.


"O jogador é obrigado a dominar a bola como um pintor domina o pincel"  Barbosa Cauhy

sexta-feira, 14 de maio de 2010

O ventinho artilheiro do Beira Rio.


Em 25 de junho de 1995, um fato curioso ocorreu na disputa de um jogo do campeonato amador de Uberaba. Em uma partida valendo pela segunda rodada da segunda fase, o Bonsucesso, então treinado por Valtinho Goulart,  já perdia para o Beira Rio por 2x0, quando seu goleiro, Cará, lançou a bola com as mãos e o vento, muito forte, a conduziu de volta, para dentro do gol. Na súmula, o juiz Lúcio Costa não teve dúvidas: gol contra de Cará.

No fim, Beira Rio 3x0 Bonsucesso.